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Ex-secretário de Obras de Santa Maria vai ajudar a redesenhar a Terra dos Poetas

José Mauro Batista


Fotos: Arquivo Pessoal/Engenheiro Civil formado na UFSM,Haroldo Rios Pouey foi secretário e chefe de Gabinete na gestão de Cezar Schirmer e hoje trabalha na prefeitura de Santiago

Nascido em Quaraí, o engenheiro civil Haroldo Rios Pouley, 56 anos, formou-se em dois cursos na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM): Engenharia Civil, em 1984, e Licenciatura em Matemática, em 2007. Ex-funcionário da extinta Construtora Portella, foi sócio de uma empresa do segmento da construção civil até 2004 e presidiu o Sinduscon, sindicato que representa o setor. Após um período lecionando em Joinville (SC), Pouey retornou ao Coração do Rio Grande para assumir o cargo de secretário de Obras do primeiro mandato de Cezar Schirmer (PMDB), de quem também foi chefe de Gabinete na prefeitura. Desde maio de 2011, está em Santiago, onde é secretário de Obras. Nesta entrevista, Pouey fala sobre a cidade onde mora e comenta as experiências nas prefeituras de Santa Maria e de Joinville.

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Diário - Quando surgiu o convite para trabalhar em Santiago?

Haroldo Rios Pouey - Vim para Santiago em 2011, ao ser chamado no concurso público como engenheiro civil. Sou servidor municipal desde maio daquele ano, desempenhando a função de engenheiro civil e servindo nas atividades relativas ao cargo. Em 2015, o então prefeito, Júlio Ruivo, me fez o convite para exercer a função de secretário de Obras, atividade que desempenhei durante dois anos do mandato dele. Quando o prefeito Tiago Gorski Lacerda venceu a eleição e assumiu a prefeitura, em 2017, novamente fui convidado para a secretaria, onde estou desde o início do atual governo.

Diário - O que a Terra dos Poetas tem de melhor?

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Pouey - As pessoas e o acolhimento. Tudo o que recebi em Santiago foi extremamente positivo. Desde que saí de Santa Maria e cheguei à Terra dos Poetas, tenho tido a oportunidade de conhecer a cidade como um todo. Dentro desses diferenciais, destaco o setor cultural, a relação do povo com as entidades e com o setor político.

Diário - Santiago ganhará um novo Plano Diretor. Como o senhor gostaria de ver a cidade depois desse redesenho?

Pouey - Temos que mudar a forma de aprovar os projetos para que possibilitemos pequenos empreendedores a se instalarem em bairros onde não há permissão. Porém, isso não pode afetar ou prejudicar a relação com vizinhos. O grande norte do novo Plano Diretor é trabalhar para o desenvolvimento de Santiago sem deixar de priorizar questões importantes, tais como lazer e sossego público.

Diário - Em Santa Maria, o senhor atuou no governo Schirmer. Como foi a sua passagem pela prefeitura?

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Pouey - No final de 2008, eu trabalhava na prefeitura de Joinville, em Santa Catarina, quando o prefeito Cezar Schirmer me convidou para ser secretário de Obras. Foi a realização de um sonho antigo. Eu havia trabalhado por vários anos na iniciativa privada em Santa Maria e tinha o desejo de colaborar com o setor público da cidade. Tenho um carinho especial pelo Coração do Rio Grande, assim como tenho por Santiago. Foi na UFSM que tive o privilégio de obter minha profissão. Serei sempre grato ao que recebi na universidade. Durante os dois primeiros anos do governo Schirmer, desempenhei a função de secretário de Obras e, no final do segundo ano, fui chefe de Gabinete. Com isso, recebi uma grande experiência profissional. Trabalhar ao lado do prefeito Schirmer foi um aprendizado. Aprendi a servir as pessoas, principalmente os mais carentes. Com certeza, toda essa experiência me transformou. Valeu a pena ter trabalhado na prefeitura de Santa Maria. Espero ter retribuído tudo o que a cidade me proporcionou, visto que procurei fazer da melhor maneira possível o meu trabalho como secretário de Obras.

Diário - E a experiência em Joinville? Como foi?

Pouey - Em 2007, eu havia me formado em licenciatura em Matemática. Logo, surgiu um concurso para professor de escolas municipais em Santa Catarina. Fiz a prova e, aprovado e chamado, resolvi encarar o desafio. Em Joinville, conheci uma cultura alemã um pouco diferente dos costumes do Rio Grande do Sul. Viver em terras catarinenses foi, sem dúvida, outra experiência positiva. Lá, presenciei a prática de uma série de cuidados que a cultura alemã oferece à cidade, entre eles, em relação ao transporte.

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Diário - O senhor presidiu o PMDB em Santa Maria. Continua no partido?

Pouey - Por vários anos, tive oportunidade de atuar na iniciativa privada, no ramo da construção civil, em Santa Maria. À época, atuei em outros setores, como o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), do qual fui presidente. Essas atividades fizeram com que eu participasse da vida social, cultural e empreendedora de Santa Maria. Neste contexto, cheguei à atividade política, desenvolvendo o meu trabalho no PMDB. Em 2011, quando saí de Santa Maria, me desfilhei do partido e me mudei para Santiago com a intenção de ser engenheiro da prefeitura e, portanto, desenvolver uma atividade técnica. Quatro anos após chegar em Santiago e, mediante o convite para ser secretário de Obras, voltou a vontade de ajudar as pessoas através da atividade pública. Hoje, estou filiado ao Partido Progressista. Fazer política é um ato nobre, quando desempenhado de forma honesta e transparente. Além disso, precisa ter o objetivo de contribuir com quem mais precisa. 

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